quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A força do intercessor



Moisés não ora por si, mas pelos outros

Em nosso batismo fomos feitos sacerdotes, capazes de oferecer a Deus sacrifícios agradáveis, também em favor dos outros. Quantas situações nos são apresentadas diante dos olhos e intimidam nosso coração a uma atitude em favor de alguém ou de algo? Será que aí não estão uma escolha e um convite do Espírito Santo para interceder?

Foi Deus quem chamou Moisés, e agora também nos chama de um lugar que arde, mas que não é a sarça. Chama-nos em nosso coração e abrasa-o com Seu Espírito Santo a fim de enviar-nos, para partilhar de Sua compaixão com os que sofrem, para colaborar em Sua obra de salvação.
Deus está vivo e quer contar com homens e mulheres que estejam dispostos a levar a vida que Ele tem e dá àqueles que se perderam.Todos os que amam sinceramente a Deus não cessam de rezar pelos pobres pecadores.
Diz a Sagrada Escritura que Deus falava com Moisés face a face como um homem fala com o outro (cf. Ex 33,11). Só quem é capaz de gastar seu tempo na presença do Senhor pode experimentar a força da oração intercessora e ver o Seu poder.
Um Deus cheio de misericórdia e amor ensinou Moisés, na intimidade, que é preciso ter um coração generoso, lento para a cólera, pronto para amar e fazer o bem. Foi nessa intimidade amorosa que a oração desse profeta se tornou potente. Ele não ora para si, mas pelos outros, pelo povo de Deus, e foi capaz de enfrentar a Deus por amor de seu povo, bem como enfrentar seu povo por amor de Deus. Ele era um homem ousado, inflamado pela experiência do amor de seu “amigo Deus”.
A oração de intercessão é profundamente agradável a Deus, pois é desprovida do veneno de nosso egoísmo. Quando rezamos pelos outros, saímos de nós mesmos, de nosso mundinho de mesquinhez e experimentamos o mesmo que Dom Bosco: Deus nos colocou no mundo para os outros.

Jesus viveu para os outros, viveu para o Pai e para nós, esquecendo-se de Si mesmo. Ele é o único intercessor junto ao Pai em favor de todos os homens.
Interceder é pedir em favor de alguém, de maneira especial por aqueles que mais necessitam. Só quem experimentou a misericórdia do Senhor pode interceder com eficácia, pois ninguém pode dar o que não recebeu. É um coração misericordioso que faz a nossa oração agradável a Deus.
O intercessor só pode ser um homem cheio do Espírito, pois o Espírito Santo é o Paráclito, Ele mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. Se estar cheios do Espírito nos leva a interceder, o contrário também é verdade: interceder vai nos fazendo cada vez mais plenos do Espírito Santo; basta que Ele veja um coração determinado à intercessão, que já vem logo ensinar como fazê-lo.

FONTE: Canção Nova  (Márcio Mendes)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Vida Nova

Quando aceitamos a Jesus como o nosso Salvador pessoal, começamos uma vida nova. A Bíblia diz em Efésios 4:21-24 “Se é que o ouvistes, e nele fostes instruídos, conforme é a verdade em Jesus, a despojar-vos, quanto ao procedimento anterior, do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; a vos renovar no espírito da vossa mente; e a vos revestir do novo homem, que segundo Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade.” 2 Coríntios 5:17 “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
A ressurreição de Jesus é o que nos dá a vida nova. A Bíblia diz em Romanos 6:5 “Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição.”
A nova vida livra-nos da escravidão do pecado. A Bíblia diz em Colossenses 2:13-14 “E a vós, quando estáveis mortos nos vossos delitos e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os delitos; e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz.”

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Medjugorje Brasil

Mensagem de Nossa Senhora em 25 de setembro de 2011

“Queridos filhos! EU chamo vocês para este tempo ser para todos vocês um tempo de testemunho. Vocês, que vivem no Amor de DEUS e têm experimentado Seus Dons, testemunhem-nos com suas palavras e vida, que elas possam ser alegria e encorajamento para os outros na fé. EU estou com vocês e incessantemente intercedo diante de DEUS por todos vocês, que sua fé possa ser sempre viva e alegre, e no Amor de DEUS. Obrigada por terem respondido ao Meu Chamado.”

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Firmes na fé

Sede pacientes na tribulação e perseverantes na oração


Embora o ato de fé tenha características de racionalidade, não há dúvida de que, por ele, entramos no âmbito do sobrenatural. Vale dizer que a fé nos introduz no mundo do mistério, não muito fácil de ser explicado. Só um ser racional pode ter fé, pois isso envolve uma qualidade divina, que apenas os seres constituídos “imagem e semelhança de Deus” podem ter: a liberdade. 

Como explicar esse ato, que está no fundo do coração humano, de confiar, de maneira livre e inabalável, numa pessoa? A fé, antes de ser esforço e busca do ser humano, é dom gratuito, oferta do Grande Ser de toda a criação. Com isso fica claro que a nossa resposta é o ato segundo, porque o ato primeiro é a graça que nos vem do Ser Amoroso. 

Crer não é aderir a verdades. É aceitar uma Pessoa, Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, vejam bem, na oração do Credo rezamos primeiro “creio no Espírito Santo”, para só depois dizermos que “creio na Igreja Católica”. Assim estamos dizendo que cremos na Igreja, por ser obra Espírito Divino.

No ato de acreditar está sempre embutida, com mais força ou menos, a dúvida. Esta é tanto maior quanto menos tivermos a humildade de rezar e também de estudar. No entanto, além das dúvidas, pode aparecer um problema muito maior, que é o abalo de nossa confiança em Deus. A isso podemos ficar expostos nas grandes tribulações. 

Numa grande enchente, num cruel terremoto, numa seca interminável, nos horrores da guerra, na miséria extrema, só ainda o coração fiel é capaz de se agarrar ao Senhor e exclamar: “Olha para mim, Senhor”  (Jer 18, 19).

Quem não acredita que Deus é capaz de fazer brotar o bem de um grande mal corre o risco de abandonar a sua fé. Como também podem ocorrer males dentro da comunidade católica: desentendimentos com os líderes religiosos, desavenças dentro da paróquia, injustiças reais ou imaginárias, desprezo pelos pobres. E aí vem a grande tentação: não crer mais na Igreja Católica, e aderir a outras denominações religiosas (como se nessas não acontecessem problemas). “Sede pacientes na tribulação e perseverantes na oração” (Rom 12, 12). Apesar disso, quantos no Brasil abandonaram a sua fé na Igreja e buscaram outros grupos de fiéis. Isso nos entristece.

Fonte: cancaonova

terça-feira, 20 de setembro de 2011

As Bodas de Caná

1. Ao narrar a presença de Maria na vida pública de Jesus, o Concílio Vaticano II recorda a sua participação em Caná por ocasião do primeiro milagre: "Nas bodas de Caná, movida de compaixão, levou Jesus Messias a dar início aos Seus milagres (cf. Jo. 2, 1-11)" (LG, 58). Seguindo a esteira do evangelista João, o Concílio faz notar o papel discreto e, ao mesmo tempo, eficaz da Mãe que, com a sua palavra, leva o filho ao "primeiro sinal". Ela, embora exerça uma influência discreta e materna, com a sua presença resulta, no final, determinante. A iniciativa da Virgem aparece ainda mais surpreendente se se considera a condição de inferioridade da mulher na sociedade judaica. 

Em Caná, com efeito, Jesus não só reconhece a dignidade e o papel do gênio feminino, mas, acolhendo a intervenção de Sua Mãe, oferece-lhe a possibilidade de ser partícipe na obra messiânica. Não contrasta com esta intenção de Jesus o apelativo "Mulher", com o qual Ele se dirige a Maria (cf, Jo. 2, 4). Ele, de fato, não contém em si nenhuma conotação negativa e será de novo usado por Jesus em relação à Mãe, aos pés da Cruz (cf. Jo. 19, 26). Segundo alguns intérpretes, este título "mulher" apresenta Maria como a nova Eva, Mãe de todos os crentes na fé.
 

O Concílio, no texto citado, usa a expressão "movida de compaixão", deixando entender que Maria era inspirada pelo seu coração misericordioso. Tendo divisado a eventualidade do desapontamento dos esposos e dos convidados pela falta de vinho, a Virgem compadecida sugere a Jesus que intervenha com o seu poder messiânico. A alguns o pedido de Maria parece desproporcionado, porque subordina a um ato de piedade o início dos milagres do Messias. À dificuldade respondeu Jesus mesmo que, com o seu assentimento à solicitação materna, demonstra a superabundância com que o Senhor responde as expectativas humanas, manifestando também quanto pode o amor de uma Mãe.
 

2. A expressão "dar início aos milagres" que o Concílio retomou do texto de João, chama a nossa atenção. O termo grego archè, traduzido por início, princípio, foi usado por João no prólogo do seu Evangelho: "No principio já existia o Verbo" (1, 1). Esta significativa coincidência induz a estabelecer um paralelo entre a primeira origem da glória de Cristo na eternidade e a primeira manifestação da mesma glória na sua missão terrena. Ressaltando a iniciativa de Maria no primeiro milagre e recordando depois a sua presença no Calvário, aos pés da Cruz, o evangelista ajuda a compreender como a cooperação de Maria se estende à inteira obra de Cristo.
 

O pedido da Virgem coloca-se no interior do desígnio divino de salvação. No primeiro sinal operado por Jesus os Padres da Igreja divisaram uma forte dimensão simbólica, acolhendo, na transformação da água em vinho, o anúncio da passagem da antiga à nova Aliança. Em Caná precisamente a água das jarras, destinada à purificação dos Judeus e ao cumprimento das prescrições legais (cf. Mc. 7, 1-15), torna-se o vinho novo do banquete nupcial, símbolo da união definitiva entre Deus e a humanidade.
 

3. O contexto de um banquete de núpcias, escolhido por Jesus para o Seu primeiro milagre, remete ao simbolismo matrimonial, freqüente no Antigo Testamento para indicar a Aliança entre Deus e o Seu povo (cf. Os. 2, 21; Jer. 2, 1-8; SI. 44; etc.) e no Novo Testamento para significar a união de Cristo com a Igreja (cf. Jo. 3, 28-30; Ef. 5, 25-32; Ap. 21, 1-2; etc.).
 

A presença de Jesus em Caná manifesta, além disso, o projeto salvífico de Deus a respeito do matrimônio. Nessa perspectiva, a falta de vinho pode ser interpretada como alusiva à falta de amor, que infelizmente, não raro, ameaça a união esponsal. Maria pede a Jesus que intervenha em favor de todos os esposos, que só um amor fundado em Deus pode libertar dos perigos da infidelidade, da incompreensão e das divisões.
 

A graça do Sacramento oferece aos esposos esta força superior de amor, que pode corroborar o empenho da fidelidade também nas circunstâncias difíceis. Segundo a interpretação dos autores cristãos, o milagre de Caná contém, além disso, um profundo significado eucarístico. Realizando-o na proximidade da solenidade da Páscoa judaica (cf. Jo. 2, 13), Jesus manifesta, como na multiplicação dos pães (cf. Jo. 6, 4), a intenção de preparar o verdadeiro banquete pascal, a Eucaristia. Esse desejo, nas bodas de Caná, parece sublinhado ainda mais pela presença do vinho, que alude ao sangue da Nova aliança, e pelo contexto de um banquete. Desse modo Maria, depois de ter estado na origem da presença de Jesus na festa, obtém o milagre do vinho novo, que prefigura a Eucaristia, sinal supremo da presença do seu Filho ressuscitado entre os discípulos.
 

4. No final da narração do primeiro milagre de Jesus, que se tornou possível pela fé sólida da Mãe do Senhor no seu divino Filho, o evangelista João conclui: "Os Seus discípulos acreditaram n'Ele" (2, 11). Em Caná Maria inicia o caminho da fé da Igreja, precedendo os discípulos e orientando para Cristo a atenção dos servos. A sua perseverante intercessão encoraja, além disso, aqueles que às vezes se encontram diante da experiência do "silêncio de Deus". Eles são convidados a esperar para além de toda a esperança, confiando sempre na bondade do Senhor.
 

* L´Osservatore Romano, Ed. Port. n.10, 08/03/1997, pag. 12(108)
 

DO Livro: A VIRGEM MARIA -58 CATEQUESES DO PAPA JOÃO PAULO II

domingo, 18 de setembro de 2011

Jornada Mundial da Juventude

História

A Jornada Mundial da Juventude foi criada pelo Papa João Paulo II em 1985. É um grande encontro que reúne dezenas de milhares de pessoas católicas, sobretudo jovens. O evento é celebrado a cada dois ou três anos, numa cidade escolhida para celebrar a grande jornada em que participam pessoas do mundo inteiro. Nos anos intermédios, as Jornadas são vividas localmente, no Domingo de Ramos, por algumas dioceses ao redor do mundo. Para cada Jornada, o Papa estabelece um tema.

Durante as JMJ, acontecem eventos como catequeses, adorações, missas, momentos de oração, palestras, partilhas e shows. Tudo isso em diversas línguas.

A Jornada Mundial da Juventude foi celebrada pela primeira vez, de maneira oficial, no Domingo de Ramos de 1986, em Roma. A partir de 1987, e depois a cada dois anos, como regra geral, organiza-se a Jornada Mundial da Juventude em algum lugar determinado do mundo.


Edições anteriores


Em 1987, os jovens foram convocados a Buenos Aires (Argentina), quando um milhão de participantes escutaram as seguintes palavras do Papa João Paulo II: "Repito ante vós o que venho dizendo desde o primeiro dia do meu pontificado: que vós sois a esperança do Papa, a esperança da Igreja.". 

Dois anos depois, em 1989, 600 mil jovens foram em peregrinação à cidade espanhola de Santiago de Compostela (Espanha). 

Em 1991, um milhão e meio de jovens participaram da JMJ no santuário mariano da cidade polonesa de Czestochowa (Polônia). Depois da queda do Muro de Berlim, essa foi a primeira ocasião em que os jovens do Leste Europeu puderam participar sem problemas do evento.

Meio milhão de jovens encontraram o Papa João Paulo II em 1993, na cidade americana de Denver (Estados Unidos). 

O maior encontro de todos os tempos teve lugar em 1995, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em Manila (Filipinas), quando quatro milhões de jovens aplaudiram o Papa, que evocava a relação com o próximo.
Em 1997, foram muitos jovens que responderam ao convite do Papa para a Jornada em Paris (França), que terminou com um evento reunindo quase um milhão de pessoas. O Jubileu do ano 2000 converteu-se também no jubileu das Jornadas Mundiais da Juventude. Cerca de 2,5 milhões de jovens (segundo a imprensa local) reuniram-se em Roma para um novo mega-encontro com o Papa.

A cidade canadense de Toronto (Canadá) foi o palco do encontro de 2002, quando 800 mil pessoas reuniram-se para a última Jornada com o peregrino João Paulo II. O Papa lembrou a todos que o espírito jovem é algo que não pode ser sufocado: "Vós sois jovens e o Papa é idoso, e ter 82 ou 83 anos não é a mesma coisa que ter 22 ou 23. Todavia, ele continua a identificar-se plenamente com as vossas esperanças e as vossas aspirações. Juventude de espírito, juventude de espírito! Embora eu tenha vivido no meio de muitas trevas, sob duros regimes totalitários, tive suficientes motivos para me convencer de maneira inabalável de que nenhuma dificuldade e nenhum temor é tão grande a ponto de poder sufocar completamente a esperança que jorra sem cessar no coração dos jovens."

A Jornada de 2005, em Colônia (Alemanha) foi a primeira após a morte do Papa João Paulo II. O evento foi presidido pelo Papa Bento XVI. Mais de um milhão de jovens se ajoelharam junto com o Papa na vigília. Nem a variedade de línguas e culturas distanciou os jovens uns dos outros.

Em 2008, em Sidney (Austrália), iniciou-se a Jornada Mundial da Juventude com o tema: "Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas" (At 1, 8). 

Em 2011, a Jornada Mundial da Juventude de 2011 aconteceu em Madri (Espanha). No ultimo dia da Jornada em Madri, o Papa Bento XVI anunciou a cidade brasileira do Rio de Janeiro como próxima sede do evento, que será realizado em 2013.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Como deve ser a catequese?

A revelação e clareza do caminho de Cristo

A Moral católica é a base do comportamento do cristão; por isso é ensinada na catequese, de modo que o cristão, conhecendo os dogmas da fé e celebrando na liturgia os Sacramentos da salvação, viva também conforme as leis de Deus. O Catecismo da Igreja Católica ensina como deve ser a catequese (CIC §1697): “Importa, na catequese, revelar com toda clareza a alegria e as exigências do caminho de Cristo (Cf. CT 29). 

A catequese da “vida nova” (Rm 6,4) em Cristo será:
 
1 - Uma catequese do Espírito Santo, Mestre interior da vida segundo Cristo, doce hóspede e amigo que inspira, conduz retifica e fortifica esta vida. O Espírito Santo convence o cristão da beleza da “Lei de Cristo”, e o faz vivê-la com gosto, sem peso; é um jugo suave e um fardo leve que verdadeiramente liberta dos pecados e dos vícios e o conduz à santidade. 
 
2 - Uma catequese da graça, pois é pela graça que somos salvos, e é pela graça que nossas obras podem produzir frutos para a vida eterna; sem a graça de Deus o homem não pode vencer a fraqueza da natureza humana prejudicada pelo pecado original. A graça de Deus alimenta e fortalece nossas disposições naturais para vivermos segundo a vontade de Deus.
 
3 - Uma catequese das bem-aventuranças, pois o caminho de Cristo se resume às bem-aventuranças, único caminho para a felicidade eterna, à qual o coração do homem aspira. No Sermão da Montanha Cristo traçou a “Constituição do Reino de Deus”, a Carta Magna do cristão; a lei da santidade. 
 
4 - Uma catequese do pecado e do perdão, pois, sem se reconhecer pecador, o homem não pode conhecer a verdade sobre si mesmo, condição do reto agir, e sem a oferta do perdão não poderia suportar essa verdade. Reconhecendo-se pecador, e acolhendo o perdão de Deus pelo sangue de Cristo por nós derramado, o cristão se vê livre da pior realidade deste mundo: o pecado. Cristo veio exatamente “para tirar o pecado do mundo” (Cf. Jo 1, 29); Ele é o Cordeiro de Deus que aceitou ser imolado para curar a lepra da nossa alma e nos reconciliar com Deus. 
 
5 - Uma catequese das virtudes humanas, que faz abraçar a beleza e a atração das retas disposições em vista do bem. No lado oposto dos pecados capitais (soberba, ganância, luxúria, gula, ira, inveja e preguiça),o cristão deve viver as “virtudes capitais” (humildade, desprendimento, pureza, temperança, bondade, diligência), que trazem a felicidade a seu coração.
 
6 - Uma catequese das virtudes teologais da fé, esperança e caridade, que se inspira com prodigalidade no exemplo dos santos. Essas virtudes são relacionadas ao próprio Deus, por isso são teologais; a fé que vem de Deus (“Sem fé é impossível agradar a Deus”); a esperança que nos conduz ao céu, a vida eterna em Deus; e o amor que é a própria realidade de Deus. 
 
7- Uma catequese do duplo mandamento da caridade desenvolvido no Decálogo. São Paulo disse que “a caridade é vínculo da perfeição”, e que, “quem vive a caridade cumpre toda a lei”. Todos os mandamentos foram reduzidos pelo Senhor em: "Amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo". Esta é a Lei e os Profetas.
 
8 - Uma catequese eclesial, pois é nos múltiplos intercâmbios dos “bem espirituais” na “comunhão dos santos” que a vida cristã pode crescer, desenvolver-se e comunicar-se. Cristo instituiu a Igreja para levar a salvação a todos os homens de todos os tempos e lugares até que Ele volte; por isso a Igreja é “o sacramento universal da salvação”; ela é necessária para a salvação; sem ela não há os sacramentos da salvação. A catequese deve ensinar o Credo da Igreja, os Sacramentos da Igreja, a Moral da Igreja, a Liturgia da Igreja e a Oração da Igreja.
 
Esses são os princípios básicos que não podem faltar em uma boa catequese, fiel ao que Cristo Jesus nos ensinou 
e quer que a Igreja transmita a seus filhos para que sejam salvos.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Entre pessoas e povos, perdoar sempre

A melhor forma de vencer o mal é justamente valorizar o bem
O coração de Deus é apaixonado pelo ser humano, criado por Ele à Sua imagem e semelhança. O Todo-poderoso não nos ama porque sejamos amáveis, mas para que sejamos bons. Seu amor é gratuito. Esta paixão de amor se manifesta de modo único na misericórdia, com a qual as feridas são sanadas e todos podem erguer-se do chão pisado dos próprios pecados. O Senhor põe num prato da balança nossas falhas e no outro a obra de Suas mãos, para dizer, continuamente, que somos mais importantes do que todos os limites. Acreditar no Pai misericordioso!
Trata-se de uma história de salvação a que Deus constrói conosco, infinitas vezes renovada quando d'Ele nos aproximamos. Desde o princípio, os apóstolos de Jesus e Seus discípulos de todos os tempos tiveram que entrar nessa aventura da misericórdia. Em nome dos outros, coube a Pedro perguntar a Cristo sobre a “contabilidade” da misericórdia (Cf. Mt 18, 21-35). O perdão recebido de Deus há de ser repartido setenta vezes sete vezes! É para trazer os critérios do céu à terra. Como Deus nos deu o precioso dom da liberdade, assenta-se conosco à mesa da vida para barganhar! Doa uma misericórdia infinita, mas exige a contrapartida. Quer uma opção consciente pelo perdão e pela misericórdia, de cuja presença o mundo tem sede e fome. Escolher o caminho do perdão!
A prática se inicia em casa, estende-se ao trabalho e à convivência comunitária e social. Dar o perdão e pedir perdão é um bom começo. Quem espera o esquecimento para dizer que perdoou as faltas alheias não entendeu a misericórdia. Merecimento tem quem acolhe a outra pessoa mesmo lembrando as ofensas! E esta é uma verdadeira ginástica, que pede muitas vezes esforço hercúleo, de homens e mulheres fortalecidos pelo Espírito Santo, dispostos a acolher este dom vindo do alto. Dar o primeiro passo!
“O rancor e a raiva são coisas detestáveis; até o pecador procura dominá-las...Há pessoas que se exercitam no autocontrole dos impulsos naturais da raiva. Não se trata apenas de “contar até dez”, mas olhar as pessoas e os acontecimentos com os critérios de Deus, descobrindo que em todos existe uma marca de bondade, maior do que o mal que assola. Abrir-se para a cura que Deus quer realizar!
Temos à disposição, pela bondade de Deus, o sacramento da reconciliação ou penitência, a confissão. Quem não o procura desperdiça a oportunidade única da graça. E sabemos que de um modo ou de outro as pessoas acabam falando de seus problemas. Mas é só nesse sacramento que se pode ouvir a sentença da misericórdia: “Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Celebrar a misericórdia no sacramento!

A melhor forma de vencer o mal é justamente valorizar o bem existente em nossos ambientes. Do fundo do mar em que o homem bíblico via uma imagem do mal, emerge como ponta de um iceberg a força da marca criadora de Deus, que fez a todos para a realização e a felicidade. O bem é maior do que o mal!

Muitos terão condições de intervir nas estruturas da sociedade, para mediar os conflitos entre pessoas e grupos, exercendo um papel de inestimável valor. É o perdão em processo! Entre pessoas e povos, perdoar sempre!

FONTE: cancaonova

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A Virgindade de Maria, verdade de fé

1. A Igreja tem constantemente considerado a virgindade de Maria uma verdade de fé, acolhendo e aprofundando o testemunho dos Evangelhos, de Lucas, de Mateus e, provavelmente, também de João. No episódio da Anunciação, o evangelista Lucas chama Maria de “virgem”, referindo´se tanto à sua intenção de perseverar na virgindade como ao desígnio divino que concilia esse propósito com a sua prodigiosa maternidade. A afirmação da concepção virginal devido à ação do Espírito Santo, exclui qualquer hipótese de partenogénese natural e rejeita as tentativas de explicar a narração de Lucas como esclarecimento dum tema judaico ou como derivação duma lenda mitológica pagã. A estrutura do texto lucano (cf. Lc. 1,26´38; 2. 19.51) resiste a qualquer interpretação redutiva. A sua coerência não permite sustentar de modo válido mutilações dos termos ou das expressões que afirmam a concepção virginal operada pelo Espírito Santo.

2. O evangelista Mateus, referindo o anúncio do anjo a José, afirma de igual modo como Lucas a concepção operada “pelo Espírito Santo” (Mt. 1,20), com exclusão de relações conjugais. A geração virginal de Jesus, além disso, é comunicada a José num segundo momento: não se trata para ele de um convite a dar um consentimento prévio à concepção do Filho de Maria, fruto da intervenção sobrenatural do Espírito Santo e da cooperação só da Mãe. Ele é apenas chamado a aceitar livremente o seu papel de esposo da Virgem e a missão paterna em relação à criança. Mateus apresenta a origem virginal de Jesus como cumprimento da profecia de lsaias: “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho; e chamá´lo´ão Emmanuel, que quer dizer “Deus conosco” ´ (Mt. 1,23; cf. Is. 7,14). Desse modo, Mateus leva a concluir que a concepção virginal foi objeto de reflexão na primeira comunidade cristã, que compreendeu a sua conformidade com o desígnio divino de salvação e o nexo com a identidade de Jesus, “Deus conosco”.

3. Ao contrário de Lucas e de Mateus, o Evangelho de Marcos não fala da concepção nem do nascimento de Jesus; contudo, é digno de nota o fato de Marcos jamais mencionar José, esposo de Maria. Jesus é chamado “o filho de Maria” da gente de Nazaré ou então, noutro contexto, “o Filho de Deus” em várias ocasiões (3, 11;5, 7; cf, 1,11; 9. 7; 14, 61´62; 15,39). Estes dados estão em harmonia com a fé no mistério da sua geração virginal. Tal verdade, segundo uma recente descoberta exegética, estaria explicitamente contida também no versículo 13 do Prólogo do Evangelho de João, que algumas autorizadas vozes antigas (por exemplo Ireneu e Tertuliano) apresentam, não na sua forma plural usual, mas no singular: “Ele, que não do sangue nem da vontade da carne, nem do querer do homem, mas de Deus foi gerado”. Esta versão no singular faria do Prólogo joanino uma das maiores afirmações da geração virginal de Jesus, inserida no contexto do mistério da Encarnação. A afirmação paradoxal de Paulo: “Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o Seu Filho, nascido de mulher... para que recebêssemos a adoção de filhos” (Gál. 4, 4´5), abre o caminho ao interrogativo acerca da personalidade desse Filho e, portanto, acerca do seu nascimento virginal. Este testemunho uniforme dos Evangelhos atesta como a fé na concepção virginal de Jesus está solidamente arraigada em diversos ambientes da Igreja primitiva. E isto destitui de qualquer fundamento algumas interpretações recentes, que entendem a concepção virginal em sentido não físico ou biológico mas apenas simbólico ou metafórico: este designaria Jesus como dom de Deus à humanidade. A mesma coisa se deve dizer quanto à opinião apresentada por outros, segundo os quais a narração da concepção virginal seria, ao contrário, um theologoumenon, isto é, um modo de exprimir uma doutrina teológica, a da filiação divina de Jesus, ou seria uma sua representação mitológica. Como acabamos de ver, os Evangelhos contêm a afirmação explícita duma concepção virginal de ordem biológica, operada pelo Espírito Santo, e essa verdade foi assumida pela Igreja desde as primeiras formulações da fé (cf. Catecismo da Igreja Católica, 496).

4. A fé expressa nos Evangelhos é confirmada, sem interrupções, na tradição sucessiva. As fórmulas de fé dos primeiros autores cristãos postulam a afirmação do nascimento virginal: Aristides, Justino, Ireneu, Tertuliano estão de acordo com Santo Inácio de Antioquia, que proclama Jesus “verdadeiramente nascido de uma virgem” (Smirn. 12). Estes autores querem falar duma real e histórica geração virginal de Jesus, e estão longe de afirmar uma virgindade apenas moral ou um vago dom de graça, que se manifestou no nascimento da criança’. As solenes definições de fé dos Concílios ecumênicos e do Magistério Pontifício, que se seguiram às primeiras breves fórmulas de fé, estão em perfeita consonância com essa verdade. O Concílio de Caledônia (451), na sua profissão de fé, redigida com cuidado e pelo conteúdo infalivelmente definido, afirma que Cristo foi “gerado [... ] segundo a humanidade, nos últimos dias, para nós e para a nossa salvação, de Maria Virgem, Mãe de Deus” (DS, 301). Do mesmo modo, o III Concílio de Constantinopla (681) proclama que Jesus Cristo foi “gerado [...] segundo a humanidade, pelo Espírito Santo e por Maria Virgem, aquela que é propriamente e com toda a verdade Mãe de Deus” (DS, 555). Outros Concílios ecumênicos (Constantinopolitano II, Lateranense IV e Lionense II) declaram Maria “sempre virgem”, pondo em relevo a sua virgindade perpétua (DS, 423, 801, 852). Essas afirmações foram retomadas pelo Concílio Vaticano II, evidenciando o fato que Maria “acreditando e obedecendo, gerou na terra, sem ter conhecido varão, por obra e graça do Espírito Santo, o Filho do Pai” (LG, 63). Às definições conciliares devem´se acrescentar as do Magistério Pontifício relativas à imaculada concepção da “Bem´aventurada Virgem Maria” (DS, 2803) e da Assunção da “Imaculada Mãe de Deus sempre Virgem” (DS, 3903).

5. Ainda que as definições do Magistério, com exceção do Concílio Lateranense de 649, querido pelo Papa Martinho I, não estabeleçam com precisão o sentido do apelativo “virgem”, é claro que esse termo é usado no seu sentido habitual: a abstenção voluntária dos atos sexuais e a preservação da integridade corporal. Em todo o caso, a integridade física é considerada essencial à verdade de fé da conceição virginal de Jesus (cf. Catecismo da Igreja Católica, 496). A designação de Maria como “Santa, sempre Virgem, Imaculada” suscita a atenção sobre o vínculo entre santidade e virgindade. Maria quis uma vida virginal, porque animada pelo desejo de dar inteiramente o seu coração a Deus. A expressão usada na definição da Assunção, “a Imaculada Mãe de Deus sempre Virgem” sugere também a conexão entre a virgindade e a maternidade de Maria: duas prerrogativas unidas de maneira milagrosa na geração de Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Assim a virgindade de Maria está intimamente ligada à sua maternidade divina e perfeita santidade.

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por Papa João Paulo II *
 
DO Livro: A VIRGEM MARIA ´ 58 CATEQUESES DO PAPA JOÃO PAULO II

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Defesa biblica de Maria


Há uma palavra no aramaico, "Gebirah" que quer dizer "Rainha Mãe".  Próximo ao trono do Rei estava um segundo trono. Muitos assumiriam que o segundo trono pertenceu à esposa do Rei. O Gebirah era uma posição oficial, que todo o mundo ( Jesus e os discípulos incluíram) era completamente familiar.  O papel dela era como defensora das pessoas; qualquer um que teve uma petição ou buscou uma audiência com o Rei fez assim por ela.  Ela era uma intercessora, que apresentava os desejos e preocupações das pessoas ao Rei.  Isto não insinua que o Rei era inabordável, ou que as pessoas tinham medo ou eram incapaz de falar com ele.  significa que o Rei honrou sua mãe e levou os pedidos dela em consideração.  As pessoas, sentiam-se próximos, como se fossem seus filhos.
Este papel é mencionado em: (2 Reis 10,13) " Nós somos irmãos de Ocosias, responderam eles. Descemos para fazer uma visita aos filhos do rei e aos filhos da rainha." 


O lugar específico dela de honra e intercessão, é ilustrado dramaticamente na passagem seguinte de (1 Reis 2, 13-21)
?Adonias, filho de Hagit, foi ter com Betsabé, mãe de Salomão. Ela disse-lhe: vens como amigo? Sim disse ele, preciso falar-te ?fala? ele continuou! ?Sabes que o reino era meu, e que todo o Israel me considerava como o seu futuro Rei. Mas o trono foi transferido a outro,passando para meu irmão, porque o Senhor lho deu. Tenho a esse respeito um pedido a fazer-te; não mo recuses ? ?Fala?  ?Pede ao Rei Salomão, que nada te recusa, que me dê Abisag, a sunanita, por mulher? ?Está bem, respondeu Betsabé, falarei por ti ao Rei?. Betsabé foi, pois, ter com o Rei para falar-lhe em favor de Adonias. O Rei levantou-se para ir-lhe ao encontro, fez-lhe uma profunda reverência e sentou-se no trono. Mandou colocar um trono para sua mãe, e ela sentou-se à sua direita: ?Tenho um pequeno pedido a fazer-te, disse ela; não mo recuses? ? ?Pede, minha mãe, respondeu o Rei, porque nada te recusarei?. Disse Betsabé: ?Peço-te que Abisag, a sunanita, seja dada por mulher ao teu irmão Adonias.?
São de grande importância, as observações seguintes:
1. Adonias assumiu que a mãe rainha chegaria ao Rei ao lado dele; Adonias confiou nela.
2. A reação do Rei é notável: ele se levanta e faz uma profunda homenagem a ela.
3. Um trono foi provido para ela, e ela sentou a seu lado.
4. É dada ênfase como intercessora, e pela repetição da idéia que o rei não a recusará.
Nós fazemos o mesmo com Maria.  Nós assumimos que ela chegará ao Rei em nosso favor.  Muitos protestantes dizem que "Nós não precisamos passar por qualquer um; nós podemos falar diretamente" com Deus. Bem, claro que nós podemos.  Mas eu duvido que a mesma pessoa nunca pediu para um amigo que fizesse uma oração para uma pessoa, ou que nós pedimos para nossos amigos que rezem por nós. Não porque sentimos que não podemos chegar diretamente a Deus, mas porque nós somos uma família em Cristo. Nós nos preocupamos um com o outro. São Paulo nos conta que somos rodeados por uma nuvem de testemunhas, fala que as orações dos santos sobem como incenso a Deus.  O que você supõe que eles estão pedindo?  Em Tobias nós lemos: ?Quando tu oravas com lágrimas e enterrava os mortos, quando deixavas a tua refeição e ias ocultar os mortos em tua casa durante o dia, para sepultá-los  quando viesse a noite, eu apresentava as tuas orações ao Senhor? (Tobias 12,12)
Se nós perguntamos a esses que sabemos que rezam para nós, como nós deveríamos nos abster de perguntar a esses que estão na presença de Deus?  E se nós perguntamos a esses que estão na presença de Deus para rezar para nós, como nós deveríamos nos abster de perguntar para a mesma mãe do Rei?
Quando Jesus estava morrendo na Cruz, suas palavras são direcionadas ao discípulo amado e a cada um de nós, e essas palavras são: "Veja sua mãe."
Maria como Arca da Nova Aliança
A Arca da Antiga Aliança era o lugar de propriedade para os Dez Mandamentos que eram a palavra de Deus. Na Bíblia, São João chama Jesus como a palavra de Deus, e Maria o levando no útero, se tornou a Arca da Nova Aliança. A Arca da Aliança é santa e pura, e se Maria tivesse pecado original, ela não teria sido pura, e então não poderia ter sido a Arca da Nova Aliança. Esta idéia é apresentada na Bíblia quando nós compararmos o Velho Testamento e o Novo Testamento. Note estas semelhanças:
Antigo Testamento: Quando a arca da Aliança foi trazida ao Rei  Davi.

"Davi temeu o Senhor que disse, como entrará a arca do Senhor em minha casa?." (2 Samuel 6,9)
Novo Testamento: Quando Maria foi visitar Isabel que estava grávida de João Batista.
"Donde me vem essa honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?" (Lucas 1,43)
Antigo Testamento: Quando Davi dançou de alegria porque ele estava na presença da arca que segurava a palavra de Deus. Micol filha de Saul "olhando pela janela, viu o rei Davi, saltando e dançando diante do Senhor? (2 Samuel 6,16).
Novo Testamento: Quando o profeta João Batista saltou de alegria enquanto estava no útero de sua mãe. Ele fez isto quando ouviu a voz de Maria que estava grávida de Jesus que também é chamado a Palavra de Deus.
Antigo Testamento: Os Israelitas estavam cheios de grande alegria porque eles estavam perto da arca que segurava a palavra de Deus.
"Como ele e todos os Israelitas estavam expondo a arca do Senhor com gritos de alegrias."
Novo Testamento: Isto mostra a alegria de Isabel e João Batista por estar na presença de Maria que segurava a Palavra de Deus.
"Isabel clamou em alta voz e disse, Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre." (Lucas 1,42)
Se é verdade que Maria é a Arca da Nova Aliança, então ela deveria ter sido pura, e não pôde ter nenhum pecado original. O fato que Maria nasceu sem pecado original foi um ensino claro não só da Igreja católica, mas dos fundadores do Protestantismo. Então, como algumas denominações protestantes tem ido tão longe deste ensino Cristão tradicional?
É uma doce e piedosa convicção que foi efetuada a infusão da alma de Maria sem pecado original; de forma que na mesma infusão da alma, ela foi purificada também do pecado original e adornado com os presentes de Deus, recebendo uma pura alma infundida por Deus; assim do primeiro momento ela começou a viver livre de todo o pecado. [Martinho Lutero; "Sermão No Dia da Concepção da Mãe de Deus", 1527]
Aqui fica uma outra resposta! "Se Deus fez Eva sem o pecado original, por que então o mesmo Deus não poderia fazer o mesmo com Maria?"
Quando Jesus fez a entrada triunfal em Jerusalém, ele montou em um burro que não tinha sido montado por ninguém (Marcos 11,2-10). Ele também foi enterrado em uma sepultura que não tinha sido usada por ninguém (João 19,41) Estas coisas não eram necessárias, mas só estava mostrando que o burro e a sepultura usados por Cristo, tinha que ser algo de especial.
No Antigo Testamento, há passagens que prefiguram as pessoas ou eventos, no Novo Testamento. Adão é um tipo de Cristo. (Romanos 5,14).
Em Ezequiel há uma referência a um portão que é um tipo de Maria.
(Ezequiel 44,1-2) "Ele reconduziu-me ao pórtico exterior do santuário, que fica fronteiro ao oriente, o qual se achava fechado. O Senhor disse-me: ?Esse pórtico ficará fechado. Ninguém o abrirá, ninguém aí passará, porque o Senhor, Deus de Israel, aí passou; ele permanecerá fechado?.
(Ezequiel 46,8-12) "Logo que chegar, o príncipe passará pelo vestíbulo do pórtico e, ao sair, tomará idêntico caminho. Quando o povo vier apresentar-se diante do Senhor, por ocasião das solenidades, aquele que tiver entrado pela porta norte, para se prostenar, sairá pela porta sul; o que vier pela porta sul sairá pela porta norte; não voltará pela porta que tiver tomado à entrada, mas sairá pela porta que tiver diante de si. O príncipe ficará no meio deles, entrando e saindo como eles. Por ocasião das festas e solenidades, a oferenda será de um efá por touro e por cordeiro; para as ovelhas, será deixada à sua escolha; no que toca ao óleo, oferecerá um hin por efá. Quando o príncipe quiser oferecer ao Senhor um holocausto voluntário ou um sacrifício pacífico, abrir-se-lhe-á a porta que olha para o oriente, e ele oferecerá seu holocausto e seu sacrifício pacífico como faz no dia do sábado. Quando sair, fechar-se-á a porta imediatamente após ele?
O príncipe é um tipo de Cristo, e o portão prefigura Maria, desde que era pelo seu útero que Jesus entrou no mundo. Assim como o portão estava reservado só para o príncipe, também o útero de Maria foi reservado só para Jesus.  Como no caso do burro (Marcos 11,2-10), e a tumba nova (João 19,41), Deus destina a graça da qual moveu Maria para aceitar uma vida de virgindade consagrada, como sua Virgindade Perpétua é o sinal que aponta algo de especial de Jesus Cristo.


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Veritatis Splendor